segunda-feira, 13 de julho de 2009

Revelação

Sinto em meu peito uma dor que não sei explicar, sinto como se as lembranças que tenho rasgassem cada sorriso que tento dar e destruísse cada boa lembrança que tento ver.
Que diabos esta havendo?
Será mesmo que estou tão perdidamente apaixonado que abandono meus próprios sorrisos apenas para conseguir cativar os teus?
Sim, é assim que um rapaz apaixonado pensa e é assim que estou pensando nesse momento. Sim, é verdade, o poeta aqui assume estar sofrendo por amor! E deveria ser diferente?
Acho que me sinto capaz de explicar esse sentimento tão desconhecido chamado paixão.

A Paixão

Vejo a paixão como uma fenda pequena, através da qual podemos vislumbrar um outro mundo, não somos capazes de passar por essa fenda, apenas observar o que há do outro lado.
Nessa outra realidade podemos ver a forma da felicidade, ela não é geométrica nem tridimensional, mas é palpável.
Ouso dizer que a paixão não dura mais que cinco minutos. É apenas o tempo que dura o primeiro abraço, seguido do primeiro beijo tão sonhado, ao término, esse momento jamais se repetirá e com ele ficará no passado as sensações, a paixão que jamais voltará.
A fenda se fecha diante seus olhos ou se expande permitindo sua passagem.
Quando ela expande, já pode ser chamado “Amor”, mas isso é para outra passagem, ainda tenho que refletir e resolver os “causos” do coração.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A confusa confusão

Não entendo... Não sei o motivo... Não consigo decidir... Pra que lado devo ir?
Quem nunca passou por uma situação assim?
Quem nunca ficou confuso e perdido, sem um eixo fixo?
Todos nós temos momentos de reflexão nulos, que não levam a lugar algum, que não chegam a uma conclusão, a um fim concreto. Mas de onde vem essas duvidas todas?
Pois bem. Acredito que as duvidas que nos atormentam estão ligadas e três fatores principais: Medo, Insegurança e Ansiedade.

O Medo

A confusão se da a partir do medo quando temos uma escolha a fazer, mas um dos lados ainda é escuro e desconhecido, não há antecedentes de situações similares nem de emoções já vivenciadas. É o medo de tudo que é novo. Medo de trocar o conhecido pelo desconhecido.

A Insegurança

Nesse caso nos deparamos com dois caminhos sinuosos, mas que não são completamente estranhos, porém um deles já esta sendo trilhado e o outro se interpõe a ele, criando uma situação de escolha. Permanecer no caminho onde estamos, vendo as mesmas paisagens já desgastadas, mas conseguindo ver o final da trilha ou pegar o outro caminho que, apensas de claro, tem curvas e não mostra seu fim?

A Ansiedade

O caso da ansiedade gera confusão pelo fato de estarmos esperando algo acontecer enquanto a vida não parou a nossa volta. Ficamos perdidos, sem saber como passar o tempo até o momento planejado. Ficamos confusos com a espera e as tantas outras coisas que ainda devem ser feitas ou poderiam ser adiantadas enquanto esperamos. Ficamos confusos ao ponto de nos perdermos da real razão da ansiedade e nos perdermos entre as infinitas possibilidades de acelerar o tempo.

Esses são três dos principais causadores das confusões em nossas vidas, o mais comum é certamente o medo. Deixando transparecer claramente a covardia humana em relação a novas descobertas e a ruptura de regras e tabus.
Uma solução para tal tormento? Ainda busco a fórmula para a desconfusão. Uma maneira prática de driblar esse problema é o mais lógico, raciocínio. Deixar um pouco a emoção de lado e pensar com a razão, o que é mais lucrativo em questão de custo benefício? O que me alegrará mais? Se conseguir responder a perguntas simples como essas a confusão será desfeita e tudo tomará seu rumo.

”A dúvida nada mais é do que duas certezas de mesma intensidade”
(Maurício Gnoatto)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Surpresa

Era um olhar tão diferente, freqüentemente distante e raramente direto.
Uma companhia sem calor, sem toque, sem sabor.
Apenas mais um “olá” perdido, sem alma.
Mas em algum momento, em alguma palavra ou olhar eu a vi. Vi tão bela, tão doce e tão vívida que poderia mergulhar imediatamente em seus braços, em seus beijos, mas me contive.
O tempo e tudo que aprendi não me permitem avançar sem a certeza nem embarcar em uma aventura qualquer. Não me permitem arriscar sofrimento, saudade ou qualquer outro sentimento proveniente da necessidade de sua companhia.
Confesso: “Dos beijos que tenho dado, dos abraços conseguidos e dos olhares trocados, os seus foram os que me surpreenderam. A intensidade de teu beijo, o calor de teu abraço e a doçura de tua companhia.
Era um olhar tão diferente, camuflado entre outros mil quaisquer e raramente decifráveis e agora tão agradáveis quanto uma brisa rala de outono.
Uma companhia agradavelmente suave, distância equivalente, toque tímido e preocupação.
E o frio que eu sentia é acalentado por tua curiosidade, é a descoberta de duas pessoas perdidas, escondidas.
Você descobriu o que há por trás da insanidade vulgar que esconde tudo que sinto e que esconde meu olhar direto. Deixa-me descobrir o que você esconde por trás de tua rebeldia, por trás de tua insegurança, mas não me mostre nada, apenas continue me fascinando com tua inteligência, com tua presença agradável e com teus deliciosos beijos e abraços.


E agora, quem será essa moça?
Deixo a dúvida.

Motivos e razões para as futilidades do cotidiano.

Os olhares cruzados de pessoas que não se conhecem muitas vezes são desperdiçados e postos fora. Como se ninguém mais importasse além de nós mesmos nesse mundo tão cruel e insensível.
Mas de que outra maneira poderíamos cativar alguém? Com compras e presentes? Com contas bancárias e festas regadas a muita diversão sem sentido? Não, não é assim que se constrói algo verdadeiro, pessoas não são objetos, eu não estou em uma prateleira, nem tão pouco você tem códigos de barras.
Porque então ficamos abismados quando assistimos as provas do interesse em uma novela ou filme? Se nós mesmos nos pomos na condição de mercadoria nessa sociedade?
É só uma visão hipócrita, só mais um pouco de ego ferido do ser humano... E nos dizemos racionais, grande piada!
Quanto você acha que seria necessário para comprar um amigo descartável? Quanto acha que gastaria para comprar um amor de fachada?
É isso mesmo que quer?
Ninguém busca isso, eu não busco. Ninguém, afinal, quer para si uma vida fútil, apenas é muito cômodo buscar a futilidade nas outras pessoas!
Porque é tão fácil se apaixonar por olhares curiosos, por gestos carinhosos e por uma pessoa cuidadosa? É porque precisamos disso, precisamos de alguém que se some a nós mesmos. Não busco alguém que me complete, esse alguém não existe, eu busco alguém que se some a mim, que compartilhe de sua vida comigo, de seus sonhos e até mesmos seus temores e mágoas.
Porque não damos valor, então, aos olhares e sorrisos de estranhos que recebemos na rua? Porque não damos uma chance a nós mesmos?
E quem sabe a pessoa certa para você seja a mais errada, pois ela faz tudo aquilo que você não gosta, tudo aquilo que não tem coragem de fazer, talvez seu grande amor esteja plantado a seu lado, te apresentando amores de plástico a duras penas só para ver-te feliz!
Se me der o prazer de um olhar doce, eu lhe dou o prazer de minh'alma. Se me der um abraço sincero, retribuirei com reconhecimento, respeito e carinho. Se fosse assim, não seria tão fácil perceber a pessoa certa?
Os olhares curiosos, são sempre eles, todos nos apaixonamos por olhares.
Existem varias formas de paixão, sou apaixonado por meus amigos, apaixonado por minha família, apaixonado por minha namorada. Existem varias formas de se cultivar uma paixão e uma delas e estando presente, tanto em momentos bons quanto ruins... A pessoa certa sempre quer estar com você, mesmo que não se beijem, ainda, nunca, não importa.
Cruza teus olhares nos meus... Diz o que pensa, o que sente, saiba que eu existo de verdade... Só então, depois que fizeres isso sem intenção, com total naturalidade é que poderei dizer se, meus olhares querem o brilho dos teus somados, se aceitam uma nova amizade.
Soma-te a mim, arrume alguém que se some a você.
Busca nos olhares desconhecidos que se cruzam na rua a euforia de um novo eu interior. Presta atenção nos olhares que cruza entre teus amigos em busca de um possível amor, não necessariamente amor carnal, mas o sentimento de amor, de bondade e bem querer. Não deixe os brilhos se apagarem emeio as magoas do passado e o medo do futuro.
Se olhar em meus olhos e eu, por um segundo olhar nos teus, pode ter certeza que já é uma pessoa importante, meu coração só depende de tuas atitudes.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Um Único Segundo

Um segundo...
Como pode um único segundo mudar uma vida toda.
Um pensamento, um desejo, um erro.
E os sonhos escorrem como água entre os dedos.
Um segundo...
Como pode tão pouco tempo acelerar tanto.
Mudar com tanta facilidade pensamentos.
Transmutar sentimentos puros em pura poluição.
Um segundo...
É tempo bastante para nossos olhares se cruzarem.
É tempo bastante para se desviarem.
E jamais retornarem a se cruzar.
Um segundo...
É o tempo que preciso pra te fazer chorar.
É mais do que preciso pra te fazer sorrir.
É pouco tempo pra matar a saudade.
Um segundo...
Um segundo é tanto tempo.
Eu poderia morrer, matar, amar, fugir...
Viver uma vida toda em apenas um segundo.
Um segundo...
Passa um segundo comigo?

Amando muito

Acordei hoje pela manhã contente.
Reverenciando o dia, acariciando o sol.
Sorrindo livre para mim mesmo.
Seduzindo o vento que me toca com cuidado.
Hoje acordei apaixonado.
Diferente de outros dias, me apaixonei por algo.
Algo que não sei bem o que é.
É um aperto gostoso no peito.
Chamam isso de amor.
É, estou apaixonado pelo amor que sinto.
E com ele poderia me casar.
Hoje acordei assim...
Amando muito, sem ter ninguém para amar.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Incoerência

Incoerente é meu modo de pensar.
Sem fazer sentido em meu modo de agir.
Quem sabe seja excêntrico meu andar.
Ou peculiar meu modo calmo de falar.
Talvez sua interpretação seja errada.
Talvez a certeza seja ainda duvidosa.
Como o passado a misturar no futuro.
E a incoerência da vida, da sobrevivência.
São aspectos calmos, mas radicais.
Talvez o tempo já tenha passado.
Quem sabe ainda vira nosso resultado da espera.
Porque afinal esperar em vão.
Incoerente é meu modo de pensar.
Sem grandes mudanças no meu modo de agir.
Quem sabe seja normal o meu andar.
Ou metódico e comum meu modo calmo de falar.
Talvez sua interpretação esteja correta.
Talvez a certeza seja a grande verdade.
Como o presente vivido nesse exato momento.
É a irrelevância da vida, da sobrevivência.
São aspectos nervosos, mas simplórios.
Talvez o tempo ainda esteja por vir.
Quem sabe já passou nossa chance de reação.
Porque afinal esperar em vão.
Incoerente é meu modo de pensar.