Os véus de seda escura da noite caem mais uma vez com o peso de uma solidão eterna e por mais que tentemos reagir a angustia de não poder amar, sabendo que tudo está sempre ao nosso alcance, mas mesmo assim, temendo magoar o pouco que ainda nos resta de sensatez nesta noite.
Existem sim dias em que nos sentimos incapazes de amar, incapazes de sentir carinho e, às vezes, até mesmo de sorrir. Costumo chamar esses dias de dias ruins, mas e quando esses dias se tornam freqüentes e a angustia de estar só se torna maçante já podemos chamar essa situação de desilusão.
Desilusão! Palavra derivada de ilusão. O que na verdade desilusão significa é que estamos sofrendo por um amor ilusório, um sentimento falso que criamos para nosso próprio bem estar e que na verdade nunca existiu.
O amor, o que seria o amor afinal? Apenas um sentimento vago, sem explicação como costumam dizer os poetas? Ou o único resultado para tal sentimento acaba mesmo sendo o sofrimento, o desencontro e a possível solidão?
Se pararmos para pensar em quantas perguntas podemos formular para saciar o desejo de conhecer esse sentimento passaríamos a vida toda em um longo e único seminário sem nunca chegar a resposta alguma. Então, porque viver em busca desse tal de amor? A que nos leva ficar sentado divagando e pensando em uma única pessoa que por sua vez pode estar pensando em outra e assim sucessivamente?
Pensando em tudo isso chego à conclusão que o amor é um sentimento maligno, um sentimento com tamanho poder que em tempos mais antigos, levou civilizações inteiras à guerra. Ilusão, desilusão, amor, ódio, são tantos sentimentos tão parecidos que fica quase impossível diferenciá-los e, tão pouco, detê-los.
Mesmo sabendo das armadilhas do amor, mesmo sabendo da magoa que a paixão pode trazer, ainda assim, não paramos de buscar aquele alguém que ira despertar em nós aquela sensação única que só o amor pode dar, aqueles arrepios e falta de ar, o brilho nos olhos e a impressão de vida nova. Então somos dependentes do amor, dependentes de alguém que compartilhe conosco toda essa voracidade por algo novo.
Na verdade a desilusão nada mais é do que um engano. Na medida em que o tempo passa vai apagando as marcas deixadas por um amor passado e criando os caminhos para o próximo que esta por vir. Nossas vidas se resumem em amar, em amor. Então devemos viver intensamente o amor que temos agora pois nada é eterno.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Corações de Dois Gumes
Como facas, somos.
De cada lado das lâminas existe uma lembrança.
Em cada lembrança há uma ferida aberta.
E na ferida, as marcas deixadas por teu coração afiado.
Mas assim somos.
Mas até mesmo a mais afiada lâmina perde seu fio.
E quando deixa de ser amolada pelo amor.
As facas deixam de ser perigosas.
E aí vamos.
É então que as lâminas se apaixonam novamente.
E a paixão é o que afia novamente a faca.
E mais uma vez, alguém sairá ferido.
E mais uma vez facas, nos tornamos.
De cada lado das lâminas existe uma lembrança.
Em cada lembrança há uma ferida aberta.
E na ferida, as marcas deixadas por teu coração afiado.
Mas assim somos.
Mas até mesmo a mais afiada lâmina perde seu fio.
E quando deixa de ser amolada pelo amor.
As facas deixam de ser perigosas.
E aí vamos.
É então que as lâminas se apaixonam novamente.
E a paixão é o que afia novamente a faca.
E mais uma vez, alguém sairá ferido.
E mais uma vez facas, nos tornamos.
A Companhia Certa
Chego a minha casa todo dia só.
Todo dia me deito sozinho.
E todas as manhãs acordo sem ninguém de meu lado.
Escovo meus dentes, me vejo no espelho.
Saio à procura da companhia certa.
Alguns goles, alguns beijos.
Algumas horas de prazer.
Mas não são as companhias certas.
Retorno, novamente só.
A mesma cama, do mesmo jeito.
Sem teu jeito... Sem teu cheiro.
Onde você está? Quem é você?
Eu tenho uma pessoa certa?
Espero um dia acordar e tê-la a meu lado.
E então finalmente notar que.
Era você esse tempo todo, a companhia certa.
Mas enquanto não te encontro.
Voltarei sozinho para minha solidão.
Regarei com alguns vinhos e prazeres tua espera.
Farei sempre tudo errado.
A espera da companhia certa.
Todo dia me deito sozinho.
E todas as manhãs acordo sem ninguém de meu lado.
Escovo meus dentes, me vejo no espelho.
Saio à procura da companhia certa.
Alguns goles, alguns beijos.
Algumas horas de prazer.
Mas não são as companhias certas.
Retorno, novamente só.
A mesma cama, do mesmo jeito.
Sem teu jeito... Sem teu cheiro.
Onde você está? Quem é você?
Eu tenho uma pessoa certa?
Espero um dia acordar e tê-la a meu lado.
E então finalmente notar que.
Era você esse tempo todo, a companhia certa.
Mas enquanto não te encontro.
Voltarei sozinho para minha solidão.
Regarei com alguns vinhos e prazeres tua espera.
Farei sempre tudo errado.
A espera da companhia certa.
A Chuva
Enquanto a água da chuva lava teu corpo e tua alma.
E enquanto o vento joga teus cabelos para os lados.
Observo a beleza de tuas formas e pureza de teu olhar.
Sinto o toque da água em meu próprio corpo como se fossemos um só.
E os beijos... Ah os beijos nunca dados.
As cariciar de tuas mãos que nunca chegaram a meu rosto.
Sinto falta daquilo que nunca tive.
Invejo a chuva que toca seu corpo sem culpa ou prazer.
Invejo o vento que a envolve em um abraço de infinito carinho.
Abraça-me como se fosse o vento.
Beija meus lábios como a chuva de inverno a cair em meu corpo.
Trata dessa paixão crescente com teu amor e teus carinhos.
Seja minha enquanto puder pensar.
Seja minha enquanto puder beijar, amar ou sentir.
Amarre minhas mãos em tua cintura.
Prenda meus lábios aos teus.
Beija-me durante uma eternidade e alguns minutos.
Olhe em meus olhos, sussurre em meu ouvido, jure amor eterno.
Mas não deixe a chuva parar de cair em meu corpo.
E enquanto o vento joga teus cabelos para os lados.
Observo a beleza de tuas formas e pureza de teu olhar.
Sinto o toque da água em meu próprio corpo como se fossemos um só.
E os beijos... Ah os beijos nunca dados.
As cariciar de tuas mãos que nunca chegaram a meu rosto.
Sinto falta daquilo que nunca tive.
Invejo a chuva que toca seu corpo sem culpa ou prazer.
Invejo o vento que a envolve em um abraço de infinito carinho.
Abraça-me como se fosse o vento.
Beija meus lábios como a chuva de inverno a cair em meu corpo.
Trata dessa paixão crescente com teu amor e teus carinhos.
Seja minha enquanto puder pensar.
Seja minha enquanto puder beijar, amar ou sentir.
Amarre minhas mãos em tua cintura.
Prenda meus lábios aos teus.
Beija-me durante uma eternidade e alguns minutos.
Olhe em meus olhos, sussurre em meu ouvido, jure amor eterno.
Mas não deixe a chuva parar de cair em meu corpo.
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