Escondo-me pela noite vagando pelas mesas.
Procurando nos copos de vinho a paz que busco em teu abraço.
Afogo meus desejos nos cigarros que queimam no cinzeiro.
Estou preso a você por uma fita fina sem um laço.
Minha vida corre em câmera lenta, em uma freeway escura.
E nessa estrada reta me perco nas curvas do corpo que me seduziu.
E agora que se acabaram os copos e os olhares.
Agora que as mesas ficam vazias é que noto a solidão.
Minha eterna amiga que sempre bate a minha porta na madrugada.
Continuo em silencio conversando com a solidão.
Mesmo sabendo que isso não vai me levar a nada.
Procuro por alguém que nunca perdi.
Não se pode perder àquilo que não nos pertence.
Escondo-me pela noite vagando sozinho entre o perigo.
E sempre encontro a calma que vim buscar.
Entre as balas perdidas dos olhares alheios.
Fico parado no tiroteio sem medos ou receios.
Escondo-me na madrugada sabendo que é onde pode me achar.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
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